EUA dizem que decisão de Zelensky de não realizar eleição na Ucrânia está de acordo com a Constituição

O pleito legislativo deveria ter ocorrido em outubro e a disputa presidencial estaria programada para março de 2024

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Foto: Anatolii Stepanov/AFP

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Os Estados Unidos afirmaram, nesta terça-feira 7, ser favoráveis à manutenção de uma democracia “forte” na Ucrânia, embora tenham se mostrado compreensivos sobre a relutância do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em organizar eleições no início de 2024.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant Patel, disse que a decisão de não realizar o pleito estava “em conformidade com a Constituição”.

“É importante lembrar que a Ucrânia está nesta situação porque a Rússia continua realizando uma guerra ilegal em grande escala contra a Ucrânia. O povo ucraniano luta para sobreviver”, afirmou Patel.

“Também deixamos claro aos nossos parceiros ucranianos o nosso compromisso não apenas com a Ucrânia em sua luta, mas também de apoiar uma abordagem cuidadosa e constitucional para manter uma democracia forte em tempos de guerra.”

Todas as eleições, incluindo as presidenciais, foram canceladas desde a entrada em vigor da lei marcial após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

“Não é o momento para eleições”, disse Zelensky na segunda-feira 7, fechando a porta para o pleito presidencial após um crescente debate entre líderes políticos.


As eleições legislativas ucranianas deveriam ter ocorrido em outubro deste ano, e as eleições presidenciais estariam programadas para março de 2024.

Também nesta terça, em carta ao Congresso, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu a aprovação de um apoio direto ao orçamento de 11,8 bilhões de dólares (57,4 bilhões de reais) para a Ucrânia.

(Com informações da AFP)

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