EUA pedem a Israel que não ataque Rafah, após resposta do Hamas sobre acordo

'Não vimos um plano humanitário que seja confiável e que possa ser aplicado', diz porta-voz do Departamento de Estado

Joe Biden e Benjamin Netanyahu em Tel Aviv, em 18 de outubro de 2023. Foto: Brendan Smialowksi/AFP

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Os Estados Unidos disseram, nesta segunda-feira 6, que estão “examinando” a resposta do Hamas a uma proposta de cessar-fogo e voltaram a pedir a Israel que não ataque a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

“Posso confirmar que o Hamas deu uma resposta. Estamos examinando essa resposta agora e conversando com nossos parceiros na região”, disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

O diretor da CIA, Bill Burns, “está na região trabalhando nisso em tempo real”, disse Miller.

Ele se negou a dar detalhes sobre a resposta do Hamas, que, segundo o grupo palestino, é de aceitação de um cessar-fogo.

Miller assegurou que os Estados Unidos apoiam um acordo para deter os combates e libertar os reféns.

“Continuamos pensando que um acordo sobre os reféns é o mais benéfico para o povo israelense e o povo palestino”, declarou Miller.


O governo do presidente Joe Biden voltou a pedir a Israel que não ataque Rafah.

“Não vimos um plano humanitário que seja confiável e que possa ser aplicado”, disse Miller. “Pensamos que uma operação militar em Rafah neste momento aumentaria dramaticamente o sofrimento do povo palestino [e] provocaria uma perda maior de vidas civis.”

Biden conversou por telefone nesta segunda-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a quem reiterou sua posição “clara” sobre Rafah, segundo a Casa Branca.

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