Os Estados Unidos vetaram nesta sexta-feira 8 uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza, uma iniciativa do secretário-geral da entidade, o português António Guterres.
O texto, redigido pelos Emirados Árabes Unidos e que contava com o apoio de 100 países, teve 13 votos a favor, um contra (Estados Unidos) e uma abstenção (Reino Unido).
Mais cedo, o embaixador adjunto norte-americano na ONU, Robert Wood, já havia afirmado que o país não apoia um cessar-fogo neste momento.
A alegação é que um cessar-fogo imediato “plantaria as sementes de uma guerra futura”, pois o Hamas “não tem desejo algum de uma paz duradoura”.
Horas antes da reunião no Conselho de Segurança, Guterres disse condenar “sem reservas” o ataque executado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, mas afirmou que esse ato “não pode justificar, em nenhum caso, a punição coletiva do povo palestino”.
Naquele dia, integrantes do Hamas deixaram cerca de 1.200 mortos em território israelense. Desde então, o Exército de Israel ataca a Faixa de Gaza.
Segundo o Ministério da Saúde do enclave, mais de 17.000 pessoas morreram na ofensiva israelense, a maioria mulheres e menores de idade.
(Com informações da AFP)
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