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Ex-ministro boliviano é condenado à prisão nos EUA por lavagem de dinheiro

Arturo Murillo esteve no governo de Jeanine Áñez, que, segundo a Justiça, chegou à Presidência de forma inconstitucional

O ex-ministro boliviano Arturo Murillo. Foto: Aizar RALDES/AFP
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O ex-ministro boliviano Arturo Murillo foi condenado a 70 meses de prisão por participar de um esquema de lavagem de dinheiro da propina paga por uma empresa americana para conseguir a licitação de um contrato, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta quarta-feira 4.

Murillo, de 58 anos, foi ministro de Governo durante o mandato interino de Jeanine Áñez, que, segundo a Justiça boliviana, chegou à Presidência de forma inconstitucional em 2019, após a renúncia de Evo Morales em meio a protestos por uma suposta fraude eleitoral.

O ex-ministro “recebeu pelo menos 532 mil dólares em pagamento de propina de uma empresa com sede na Flórida” em troca de ajuda para conseguir a licitação de um contrato de aproximadamente 5,6 milhões de dólares para fornecer gás lacrimogênio e equipamento não letal ao Ministério da Defesa boliviano, assinalou o Departamento de Justiça americano em um comunicado, citando documentos judiciais.

Murillo e seus cúmplices lavaram o dinheiro recebido por meio do sistema financeiro americano, inclusive usando contas bancárias em Miami, Flórida, onde o ex-ministro teria recebido 130 mil dólares em dinheiro.

Murillo se declarou culpado em outubro de 2022 e seus cúmplices, Sergio Rodrigo Méndez, Luis Berkman, Bryan Berkman e Philip Lichtenfeld, já haviam sido condenados em junho.

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