Faça o que eu digo

Washington quer banir a chinesa TikTok por usar a mesma estratégia das concorrentes norte-americanas

Pau oco. Quando a concorrência é mais eficiente, os EUA se acham no direito de apelar à defesa da democracia e dos valores ocidentais – Imagem: Chris Delmas/AFP e Arquivo/OTAN

Apoie Siga-nos no

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou por grande maioria a determinação de que a empresa chinesa ByteDance venda o aplicativo TikTok para controladores norte-americanos. Caso isso não ocorra em seis meses, ele será bloqueado e impedido de ser acessado no país que se afirma como exemplo de democracia no planeta. É importante informar que, em 2023, a empresa chinesa faturou 120 bilhões de dólares (cerca de 600 bilhões de reais), apenas 15 bilhões a menos que a receita do Grupo Meta, controlador do Facebook, Instagram e WhatsApp.

O liberalismo econômico norte-americano é comovente. Os liberais do Norte bradam pela livre concorrência e pela justa competição econômica, mas só aplicam esses princípios se forem superiores nas disputas de mercado. Caso não consigam dominar o concorrente, imediatamente a terra das oportunidades, do liberalismo econômico e da democracia converte-se no país do autoritarismo radical e de um bloqueio extremista aos capitais que suas classes dominantes não controlam.

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.