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Família Trump deve prestar depoimento em julho por fraude fiscal
No mês passado, o ex-presidente pagou 110 mil dólares de multa por se recusar a entregar evidências e documentos aos investigadores
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e seus filhos Donald Jr e Ivanka foram citados para prestar depoimento a partir de 15 de julho em um caso sobre fraude fiscal instruído pela procuradoria de Nova York.
A procuradora do estado de Nova York Letitia James e sua equipe de investigadores prosseguirão com o interrogatório “na semana seguinte”, segundo um documento da Justiça.
Trump e os filhos dele têm até 13 de junho para apresentar um recurso à máxima instância judicial nova-iorquina.
O trio tentou, de todas as maneiras, evitar o interrogatório, alegando que o processo teria motivações políticas. O juiz estadual de Nova York Arthur Engoron, porém, decidiu em fevereiro que as oitivas deverão acontecer.
Desde 2019, James investiga o ex-presidente e a Organização Trump por uma possível fraude e tentou interrogá-lo por meses.
Em janeiro, a procuradora disse que sua investigação havia encontrado provas que sugerem uma avaliação fraudulenta de diversos ativos e a tergiversação desses valores para pagar menos impostos. Os Trump, por sua vez, negam qualquer irregularidade.
No mês passado, o ex-presidente pagou 110 mil dólares de multa por se recusar a entregar evidências e documentos aos investigadores.
A investigação de James é uma das muitas batalhas judiciais nas quais está imerso o magnata de 75 anos, o que pode complicar suas eventuais aspirações de concorrer nas eleições presidenciais de 2024.
A Organização Trump também é investigada pelo promotor do distrito de Manhattan por possível crime fiscal e fraude de seguros.
Em julho do ano passado, a Organização e seu então diretor financeiro Allen Weisselberg se declararam inocentes, em um tribunal de Nova York, de 15 acusações de fraude e evasão fiscal. O julgamento está previsto para acontecer neste ano.
Até agora, Trump não confirmou sua intenção de concorrer novamente à indicação do Partido Republicano na corrida pela Casa Branca.
AFP
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