Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi indiciado nesta quinta-feira 14 por comprar ilegalmente uma arma de fogo há cinco anos, em uma época na qual admite ter usado drogas.
Ele é alvo de duas acusações de falso testemunho por informar que não estava usava drogas ilegalmente no tempo em que comprou um revólver Colt em Delaware.
As acusações foram apresentadas pelo Conselheiro Especial do Departamento de Justiça David Weiss, que investiga Biden desde 2018.
O filho do presidente também apareceu recentemente no centro de outra polêmica. Na última terça-feira 12, o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, cedeu à pressão da ala mais conservadora do Partido Republicano e deu sinal verde para uma investigação de impeachment de Joe Biden.
Os republicanos, no controle da Câmara por uma estreita maioria, acusam Biden de lucrar em seus tempos de vice-presidente, de 2009 a 2017, com os empreendimentos comerciais de Hunter. Os adversários do chefe da Casa Branca, no entanto, não apresentaram comprovação.
Hunter Biden virou o alvo preferido da direita americana. Ele é acusado de ter realizado acordos questionáveis na Ucrânia e na China enquanto Biden era vice de Barack Obama, aproveitando os contatos e o nome de seu pai.
A Constituição dos Estados Unidos prevê que o Congresso pode destituir o presidente em caso de “traição, suborno e outros crimes e delitos graves”.
Para os democratas, os esforços da direita pelo impeachment não passam de cortina de fumaça para ocultar as investigações contra Donald Trump, acusado criminalmente quatro vezes em menos de seis meses.
Até hoje, nenhum presidente foi destituído em um julgamento político na história dos Estados Unidos. Três foram acusados, mas absolvidos: Andrew Johnson, em 1868; Bill Clinton, em 1998; e Trump, em 2019 e 2021.
Richard Nixon preferiu renunciar, em 1974, para evitar uma destituição certa por parte do Congresso devido ao escândalo Watergate.
(Com informações da AFP)
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login