Gazprom, da Rússia, corta o fornecimento de gás à Polônia

A decisão, segundo os poloneses, entrará em vigor nesta quarta-feira 27

Foto: Mikhail Klimentyev / Sputnik / AFP

Apoie Siga-nos no

O grupo russo Gazprom interromperá o fornecimento de gás para a Polônia a partir de quarta-feira 27, disse a empresa estatal polonesa de gás PGNiG.

“Em 26 de abril de 2022, a Gazprom informou à PGNiG sua intenção de suspender completamente o fornecimento sob o contrato Yamal (…) em 27 de abril”, disse a PGNiG.

A estatal polonesa ainda afirmou estar preparada para obter o gás de outras fontes.

“Não haverá escassez de gás nos lares poloneses”, reforçou no Twitter a ministra do Clima, Anna Moskwa. “Desde o primeiro dia da guerra, declaramos que estamos preparados para a plena independência das matérias-primas russas.”

O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki disse, por sua vez, que as instalações de armazenamento de gás estavam 76% cheias e que a Polônia está preparada para “obter gás de todas as outras partes possíveis”.

A Gazprom não confirmou a interrupção do fornecimento, mas agências de notícias russas citaram um alto executivo da empresa que afirmou que “a Polônia deve pagar pelos fornecimentos de gás segundo o novo procedimento de pagamento”.


Depois que os países ocidentais impuseram uma série de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, o Kremlin alertou que iria cortar o fornecimento de gás a menos que pagassem em rublos.

A Polônia importa gás liquefeito por meio de um terminal na costa do Mar Báltico e também espera receber suprimentos da Noruega pelo projeto Baltic Pipe, cuja conclusão está prevista para este ano. A conexão de 900 quilômetros deverá atender 50% do consumo da Polônia.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.