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George Santos, deputado dos EUA que mentiu no currículo, é preso em Nova York
Filho de brasileiros, o congressista do Partido Republicano é acusado de uma série de crimes e se entregou às autoridades antes de audiência em um tribunal federal em Long Island
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O deputado norte-americano George Santos, de origem brasileira e membro do Partido Republicano, foi preso nesta quarta-feira 10, em Nova York, nos Estados Unidos. Santos, de 34 anos, é investigado pelo Departamento de Justiça norte-americano é acusado de uma série de crimes financeiros, como fraude, lavagem de dinheiro e roubo de fundos públicos. Trumpista, ele ganhou notoriedade após admitir que mentiu no currículo usado para se eleger.
Na manhã de hoje, o deputado se entregou às autoridades federais do país antes de comparecer a um tribunal federal em Central Islip, em Long Island, no estado de Nova York, o que deve acontecer ainda nesta quarta-feira 10.
Uma das linhas de investigação contra Santos aponta que ele teria incentivado apoiadores a doarem dinheiro para uma empresa falsa, sob a justificativa de que o valor seria utilizado para sua campanha. Ao invés disso, o deputado teria utilizado o valor para despesas pessoais, como roupas de grife.
Desde que Santos foi eleito deputado, a imprensa norte-americana começou a investigar os aspectos do seu currículo e o seu histórico no país. As investigações apontam que George Santos teria mentido sobre vários temas: o fato de possuir diplomas da Universidade de Nova York, o que foi desmentido pela instituição; a alegação de ter sido funcionário dos bancos Goldman Sachs e Citigroup, o que foi negado pelas instituições.
No final do ano passado, Santos admitiu que inventou a maior parte do seu currículo. O jornal norte-americano The Washington Post definiu as “inúmeras falsidades” de George Santos como “uma piada nacional”.
Membros do Partido Republicano, assim como eleitores de Santos, já pediram a renúncia do deputado. Em março, o Comitê de Ética do Congresso norte-americano abriu uma investigação contra ele, visando investigar violações em leis federais do país.
Além das acusações de lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas, Santos é investigado por declarações falsas à Câmara dos Representantes dos EUA. Segundo o jornal The New York Times, as penas para os casos, somadas, podem chegar a 20 anos de prisão. Ele é acusado, até o momento, de 13 crimes.
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