Mundo

Governo americano descarta resgate ao banco SVB, mas quer evitar ‘contágio’

Autoridades americanas encerraram as atividades do SVB na sexta-feira para proteger os depósitos dos clientes

Foto: Noah Berger/AFP
Apoie Siga-nos no

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou neste domingo 13 que o governo quer evitar o “contágio” financeiro após a falência do Silicon Valley Bank (SVB), mas descartou um resgate da instituição.

“Queremos garantir que os problemas que existem em um banco não criem um contágio para outros que são sólidos”, disse Yellen durante uma entrevista ao canal CBS.

As autoridades americanas encerraram as atividades do SVB na sexta-feira para proteger os depósitos dos clientes.

O setor bancário registrou quedas expressivas em seu conjunto na quinta-feira em Wall Street, mas na sexta-feira as ações de alguns grandes bancos registraram alta.

Os credores regionais, no entanto, permaneceram sob pressão, incluindo o First Republic Bank, que registrou queda de quase 30% nas sessões de quinta-feira e sexta-feira, e o Signature Bank, exposto às criptomoedas, que perdeu um terço de seu valor desde a noite de quarta-feira.

Yellen afirmou neste domingo que o governo trabalha com a agência de garantia de depósitos do país, a FDIC, em uma “resolução” para a situação no SVB, instituição em que 96% dos depósitos não têm garantia de reembolso.

“Eu tenho certeza de que eles (FDIC) estão considerando uma ampla gama de opções disponíveis, que incluem aquisições”, disse.

Yellen explicou que as reformas adotadas após a crise financeira de 2008 fecham a porta para um resgate do SVB.

“Durante a crise financeira, alguns investidores e proprietários de grandes bancos que foram resgatados… e as reformas implementadas significam que não voltaremos a fazer isto”, disse.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo