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Greve no setor automotivo dos EUA chega à maior fábrica da Stellantis

A extensão da greve foi anunciada pelo sindicato do setor de automóveis dos Estados Unidos UAW, que reivindica por melhores salários

Créditos: Reprodução UAW
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O sindicato do setor de automóveis dos Estados Unidos UAW (na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira 23 que vai estender sua greve por melhores salários a uma grande fábrica de picapes do grupo Stellantis no estado do Michigan.

Com isso, 6.800 trabalhadores desta fábrica de caminhonetes RAM, “a maior e mais lucrativa” do grupo localizada em Sterling Heights, somam-se à suspensão dos trabalhos, elevando o número total de grevistas nas fábricas das empresas Stellantis, Ford e GM para mais de 40.000 funcionários.

O total de membros do UAW é de 146.000, distribuídos pelos “três grandes” de Detroit. Pela primeira vez, o trio enfrenta uma greve ao mesmo tempo.

Na sexta-feira, o presidente do sindicato United Auto Workers, Shawn Fain, relatou “movimentos sérios” nas negociações com Stellantis e General Motors para chegar a novos acordos salariais.

“Estou feliz em informar que, nas últimas 24 horas, vimos movimentos sérios na Stellantis e na GM”, observou Fain na semana passada.

A Ford “continua a afirmar que não pode nos dar o que pedimos”, acrescentou.

Nesta segunda-feira de manhã, no entanto, o sindicato afirmou que há “lacunas” persistentes na última oferta da Stellantis (Chrysler, Jeep, Ram, Dodge, Peugeot).

“Embora tenha o maior faturamento e os maiores lucros (na América do Norte e no mundo), as maiores margens operacionais e a maior liquidez, a Stellantis fica atrás da Ford e da GM em relação às demandas dos funcionários e do UAW”, observou o sindicato em seu comunicado.

O grupo apresentou a “pior oferta” em matéria de evolução salarial, remuneração dos trabalhadores temporários e medidas de adaptação à evolução do custo de vida, completou o sindicato

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