A maior parte do mundo concorda que a intensidade do ataque de Israel a Gaza, embora dirigido ao Hamas, tem causado uma dor insuportável à população civil, que sofre bombardeios aéreos e a falta de alimentos, água e medicamentos. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, principal diplomata do mais fiel aliado de Israel, transmitiu uma mensagem pessoal em Tel-Aviv: é preciso fazer mais para “proteger os civis palestinos” encurralados depois que Israel sitiou o território.
Se há, porém, um amplo consenso de que um número excessivo de inocentes em Gaza morre diariamente, ou fica ferido, doente, com fome e sede, há um forte desacordo sobre o que deve ser feito para aliviar a agonia e como estruturar e descrever uma pausa nos combates. Blinken e os principais aliados israelenses pedem uma “pausa humanitária”, uma interrupção dos combates para permitir a entrada de ajuda no território. As principais organizações humanitárias, especialistas da ONU e países com tradição pró-Palestina apelaram a um cessar-fogo. Houve ainda pedidos de uma trégua humanitária, uma desescalada, um cessar-fogo humanitário e a cessação das hostilidades – uma proliferação de termos que tornou o debate acirrado ainda mais confuso.
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