Mundo

Hamas afirma ‘estudar’ contraproposta israelense para uma trégua em Gaza

Israel se opõe especialmente ao cessar-fogo permanente no conflito

Conflito já deixou mais de 22 mil palestinos mortos, segundo Ministério da Saúde do Hamas. Foto: Said Khatib/AFP
Apoie Siga-nos no

O movimento islamista palestino Hamas comprometeu-se neste sábado 27 (noite de sexta em Brasília) a estudar uma contraproposta de Israel para um cessar-fogo nos combates na Faixa de Gaza e a libertação de reféns.

“Hoje, o Hamas recebeu a resposta oficial da ocupação sionista à nossa posição que havia sido enviada aos mediadores egípcios e cataris em 13 de abril passado”, disse em comunicado o número dois da ala política do Hamas em Gaza, Khalil al Hayya.

“O movimento estudará esta proposta e enviará sua resposta assim que seu estudo estiver concluído”, acrescentou.

Em 13 de abril, o Hamas anunciou ter mandado aos mediadores sua resposta a uma primeira proposta de trégua de Israel em Gaza e insistiu na necessidade de um cessar-fogo permanente.

Sem rejeitar de maneira explícita o conteúdo da proposta israelense, o Hamas reafirmava suas “exigências”: “um cessar-fogo permanente”, a retirada das tropas israelenses “de toda a Faixa de Gaza”, “a volta dos deslocados a suas áreas e lugares de residência” e “a intensificação da entrada de ajuda humanitária”.

Israel se opõe especialmente ao cessar-fogo permanente e defende uma pausa de várias semanas nos combates para depois realizar, por exemplo, uma operação terrestre sobre a cidade de Rafah, no sul do território. Também rejeita retirar seus soldados de todo o território palestino.

Esta última contraproposta israelense, cujo conteúdo não vazou, foi enviada depois da chegada de uma delegação egípcia nesta sexta-feira a Israel para tentar relançar as negociações para uma trégua e a libertação de reféns.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo