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Juiz condena Bannon, ex-assessor de Trump, a 4 meses de prisão por desacato ao Congresso

Em julho, ele já havia sido condenado por um júri em duas acusações de desacato ao Legislativo norte-americano

Steve Bannon, ex-assessor de Trump
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Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, foi condenado nesta sexta-feira 21 a quatro meses de prisão por se recusar a colaborar com uma investigação do Congresso norte-americano sobre o ataque ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente.

O juiz Carl Nichols também determinou que Bannon pague uma multa de 6.500 dólares. Em julho, Bannon já havia sido condenado por um júri em duas acusações de desacato ao Congresso, por não fornecer documentos ou prestar depoimentos. Cada acusação foi punida com até um ano de prisão e multa de até 100.000 dólares.

Na sessão desta sexta, Nichols apontou que a sentença será suspensa se Bannon recorrer da decisão.

“Ostentar intimações do Congresso revela falta de respeito pelo Poder Legislativo, que exerce a vontade do povo dos Estados Unidos”, disse o juiz na audiência. Segundo ele, Bannon “não expressou nenhum remorso” e “não assumiu a responsabilidade por se recusar a cumprir a intimação”.

No momento de sua sentença nesta sexta, Bannon rejeitou a possibilidade de discursar em defesa própria. “Meus advogados falaram por mim, meritíssimo”, alegou.

Bannon manteve contato com Trump até os dias que antecederam a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro do ano passado. Há uma série de outras provas da ligação entre ambos. Pouco antes de deixar a Casa Branca, Trump indultou Bannon em um caso de desvio de verbas destinadas à construção de um muro na fronteira com o México.

Nos meses que antecederam a vitória eleitoral de Trump, em 2016, Bannon passou a denunciar uma suposta ordem mundial controlada pelas elites políticas e financeiras, ideias que defendia dirigindo um famoso site da “direita alternativa” – movimento associado a teses conspiratórias.

Bannon foi expulso do governo em agosto de 2017 como resultado de atos violentos na cidade de Charlottesville, na Virgínia, durante uma manifestação de ativistas da direita radical.

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