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Juíza proíbe Trump de atacar promotores e testemunhas com comentários

A decisão surge após o procurador especial Jack Smith argumentar que a retórica inflamatória de Trump ameaça minar o seu julgamento

Foto: Jim Watson/AFP
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A juíza federal que presidirá o julgamento de Donald Trump por supostamente conspirar para anular as eleições de 2020 nos Estados Unidos impôs uma ordem de silêncio parcial contra o ex-presidente nesta segunda-feira (16).

A juíza de distrito Tanya Chutkan ordenou que Trump não ataque promotores, funcionários do tribunal ou possíveis testemunhas com seus comentários no julgamento programado para começar em março de 2024 em Washington.

A decisão de Chutkan surge depois que o procurador especial Jack Smith apresentou uma moção argumentando que a retórica inflamatória de Trump ameaçava minar o seu julgamento.

Trump descreveu Chutkan em comentários públicos e postagens nas redes sociais como uma “fraude” e uma “juíza que odeia Trump”, o gabinete de Smith como uma “equipe de bandidos” e Washington como uma cidade “suja e cheia de crimes” com uma população de “mais de 95% anti-Trump”.

Trump é acusado de tentar alterar os resultados das eleições americanas de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden, em um plano que levou ao violento ataque dos seus apoiadores ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

Ele também é acusado de tentar privar os eleitores americanos de seus direitos, com suas falsas alegações de que venceu as eleições presidenciais de novembro de 2020.

Chutkan definiu 4 de março de 2024 como data de início do julgamento, o que pode interferir na campanha de Trump para ganhar a indicação republicana rumo às eleições presidenciais do mesmo ano.

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