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Justiça condena Cristina Kirchner a 6 anos de prisão e inabilitação política

Na semana passada, em suas considerações finais no processo, CFK classificou o tribunal como ‘um verdadeiro pelotão de fuzilamento’

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Foto: Charo Lariscoitia/Assessoria/Via AFP
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A Justiça da Argentina condenou, nesta terça-feira 6, a vice-presidenta Cristina Kirchner a 6 anos de prisão, com inabilitação perpétua para cargos públicos. Cabe recurso contra a decisão.

A líder peronista foi acusada de favorecimento ao empresário Lázaro Báez, considerado próximo de sua família, na concessão de licitações de obras públicas na província de Santa Cruz, no sul do país.

Cristina também é presidenta do Senado e, por isso, a condenação só deverá ser cumprida se for confirmada pela Corte Suprema.

Na semana passada, em suas considerações finais no processo, ela já havia classificado o tribunal de Comodoro Py como “um verdadeiro pelotão de fuzilamento”. Nesta terça, após a sentença, Cristina fez um pronunciamento direto do Senado.

“Essa condenação não é pelas leis da Constituição, ou pelas leis administrativas ou pelo Código Penal. É uma condenação que tem origem num sistema que eu, quase ingenuamente, chamei de lawfare e de Partido Judicial. É muito mais simples. Não é lawfare, nem Partido Judicial. Isso é um Estado paralelo e uma máfia judicial“, declarou.

Cotada para disputar a Presidência em 2023, a vice também afirmou que não será candidata.

“Não vou ser candidata. É mais uma boa notícia para vocês. No dia 10 de dezembro de 2023, não terei foro, não serei vice-presidenta. Que me metam presa”, declarou. “Não vou ser candidata a nada, nem a presidenta, nem a senadora.”

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