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Justiça de NY retira acusações contra maioria de manifestantes pró-palestinos de Columbia

Estudantes ocuparam um edifício na Universidade de Columbia no final de abril

Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP
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A Justiça de Nova York arquivou nesta quinta-feira 20 as acusações contra cerca de 30 manifestantes pró-palestinos detidos durante a ocupação de um edifício na Universidade de Columbia no final de abril, anunciaram os porta-vozes do grupo ao término da audiência.

Em 30 de abril, 46 pessoas que tinham se entrincheirado nessa universidade privada nova-iorquina, no contexto dos protestos contra a guerra em Gaza que sacudiram os campi americanos, foram detidas durante a desocupação policial e acusadas de invasão em terceiro grau, um delito menor.

Nesta quinta, compareceram perante a Justiça no mesmo tribunal de Nova York onde um júri declarou, no fim de maio, o ex-presidente americano Donald Trump culpado de ocultar pagamentos para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô.

O promotor Stephen Millan informou que seu escritório retirava as acusações contra 30 manifestantes por falta de provas. A Promotoria já havia arquivado as acusações contra outro estudante que participou das manifestações contra a guerra lançada por Israel em Gaza em represália por um ataque mortal do grupo islamista Hamas em 7 de outubro de 2023.

Ao restante dos réus, a Justiça nova-iorquina deu seis meses para retirar as acusações, caso não cometam nenhum delito durante esse período.

Ao final da audiência, porta-vozes dos estudantes acusaram o “Estado” de “tentar, mais uma vez”, dividi-los “retirando as acusações de alguns e oferecendo a outros acordos seguindo sua narrativa agitadora” e prometeram continuar na luta em favor da “causa palestina”.

“Não vamos abandonar nossos companheiros ou apoiar tacitamente a definição estatal de protestos legítimos ou ilegítimos”, disseram os porta-vozes em uma declaração, acompanhados por dezenas de companheiros, muitos com cabeças e rostos cobertos apesar do calor.

A Universidade de Columbia foi o epicentro dos protestos que se propagaram em abril por outros centros universitários do país e do mundo. Isso representou um desafio para as autoridades universitárias, que tentavam equilibrar os direitos de liberdade de expressão com as queixas de que as mobilizações tinham desembocado em episódios de antissemitismo e ódio.

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