Mundo
Justiça proíbe Trump de excluir imigrantes sem documentos do censo
Há mais de 60 anos que os EUA não solicitam a nacionalidade dos participantes do censo
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O tribunal federal de Manhattan negou, na última quinta-feira 10, a possibilidade do governo de Donald Trump de excluir os imigrantes sem documentos do censo nacional que vem sendo elaborado nos Estados Unidos, um revés para o presidente e sua luta contra a imigração ilegal.
Realizado a cada 10 anos, o censo contabiliza todas as pessoas presentes nos Estados Unidos, incluindo as que se encontram em situação irregular. A pesquisa permite determinar a representação dos diferentes estados no Congresso, mas também calibrar a distribuição de centenas de milhares de dólares em fundos federais segundo a população de cada estado.
No fim de julho, promotores de muitos estados, incluindo Nova York, entraram com ações para questionar o direito do governo Trump de não contabilizar os imigrantes sem documentos. Muitos também temiam que a medida reduzisse a participação no censo de pessoas em situação irregular, porque muitas delas acreditam, erroneamente, que irão se expor à deportação se responderem as perguntas.
Violação
Em sua sentença de hoje, os três juízes federais determinaram que a medida do governo é ilegal. A decisão representa uma “violação” da delegação outorgada pelo Congresso ao presidente de “contabilizar todas as pessoas de cada estado”.
Ao anunciar sua medida, refutada hoje, Trump disse que se negava a “dar representação parlamentar aos estrangeiros que ingressarem ou permanecerem no país ilegalmente, porque isto criaria incentivos perversos e minaria o sistema de governo” americano.
No ano passado, a Suprema Corte determinou ser ilegal a decisão do governo de solicitar a nacionalidade dos participantes do censo, pergunta que não era feita há mais de 60 anos.
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