Economia

Lula quer fechar acordo entre Mercosul e União Europeia no 1º semestre

Em agenda com o chanceler alemão, porém, o petista defendeu mudanças: ‘Ele não pode ser feito tal como está lá’

Créditos: Sergio Lima / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) anunciou a intenção de finalizar o acordo Mercosul-União Europeia no primeiro semestre deste ano. A declaração foi concedida nesta segunda-feira 30 após reunião com chanceler alemão, Olaf Scholz.

“Nós vamos fechar esse acordo, se tudo der certo, até o meio deste ano, até o fim deste semestre. A nossa ideia é de tentar encaminhar para que a gente tenha um acordo e comece a discutir outros assuntos”, disse o petista.

Lula também afirmou que o acordo deve passar por mudanças e sinalizou esperar flexibilidade por parte dos europeus.

“Alguma coisa tem que ser mudada, ele não pode ser feito tal como está lá”, avaliou. Nós vamos tentar mostrar ao lado europeu o quanto somos flexíveis e queremos que eles mostrem o quanto serão flexíveis.”

Segundo o petista, “uma coisa muito cara para nós são compras governamentais”, classificadas por ele como “uma das formas de fazer crescer pequenas e médias indústrias brasileiras”. Se o País abrir mão disso, prosseguiu, “jogará fora a oportunidade de nossas pequenas e médias empresas crescerem”.

Antes das afirmações de Lula, Scholz garantiu que sua vinda ao Brasil visa abrir um novo capítulo nas relações entre os países. O chanceler anunciou, além do interesse no avanço do acordo Mercosul-União Europeia, apoio alemão à luta contra a mudança climática, com a proteção da Floresta Amazônica e a ampliação de energias renováveis.

O acordo é um grande desafio para Lula e Scholz, líderes das maiores economias da América Latina e da Europa, respectivamente. As tratativas entre Mercosul e União Europeia foram concluídas em 2019, após 20 anos de negociações, mas não houve ratificação parlamentar. Além disso, há fortes críticas de ambos os lados.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo