Maduro exige fim das sanções internacionais para ‘eleições livres’ na Venezuela

'Queremos uma eleição livre de sanções e de medidas coercitivas unilaterais, que as tirem todas', disse

Bandeira branca. Maduro estende a mão aos opositores

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condicionou nesta quinta-feira 1 a realização de eleições livres no país ao fim das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos. 

 “Queremos uma eleição livre de sanções e de medidas coercitivas unilaterais, que as tirem todas”, afirmou o líder venezuelano em entrevista coletiva. “Se eles querem eleições livres, queremos eleições livres de sanções. Aí está o dilema, que retirem todos as sanções para realizarmos eleições livres, novas, no tempo determinado pelo Conselho Nacional Eleitoral e pela Constituição”.

Maduro disse ainda que seu governo pretende reativar o diálogo com outros setores opositores “para ir visualizando os cenários eleitorais futuros e ir avançando na ampliação de garantias para eleições presidenciais verdadeiramente livres e transparentes”. 

No último sábado 26, governo e oposição concordaram em criar um fundo administrado pela Organização das Nações Unidas para financiar programas de saúde, alimentação e educação na Venezuela. 

Segundo Maduro, o acordo busca a liberação de mais de 3 milhões de dólares retidos em contas nos Estados Unidos e na Europa devido às sanções econômicas impostas à Venezuela. 

Desde abril de 2019, o país sofre embargos norte-americanos relacionados com a comercialização de petróleo, que representa 96% do PIB da nação. 


Em um esforço para engajar as negociações entre governo e oposição, o presidente estadunidense, Joe Biden, afrouxou algumas das sanções, permitindo que a petroleira Chevron retomasse a exploração do petróleo venezuelano. 

Um acordo assinado no México por representantes de Maduro e da oposição, incluindo o grupo apoiado pelos Estados Unidos e liderado por Juan Guaidó, marcou a retomada de negociações para eleições livres.

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