Mais de 260 combatentes ucranianos, entre eles 53 feridos, foram evacuados nesta segunda-feira 16 do complexo siderúrgico de Azovstal, o último bastião de resistência à Rússia em Mariupol, anunciou a vice-ministra ucraniana da Defesa, Hanna Malyar.
“Em 16 de maio, 53 feridos graves foram evacuados de Azovstal para Novoazovsk para receber assistência médica e outros 211 foram levados para Olenivka através de um corredor humanitário”, declarou a vice-ministra em um vídeo.
A rede estatal russa mostrou um vídeo com cerca de dez ônibus saindo da fábrica, alguns marcados com uma cruz vermelha, em uma mescla de hospital com transporte comum.
Cerca de 600 soldados estavam dentro da siderúrgica. Segundo os militares da Ucrânia, ainda há esforços pelo andamento de resgate das tropas que teriam permanecido no local. Elas dizem que resistiram em Azovstal por 82 dias. Os últimos estavam em espécies de bunkers no subsolo.
“A Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos”, disse o presidente Volodymyr Zelenski, após a evacuação.
A retirada dos militares, porém, marca uma derrota para a Ucrânia.
O processo ocorreu horas depois da Rússia concordar com a condução de soldados ucranianos a um centro médico a 40 quilômetros de Mariupol, em Novoazovsk, em Donetsk, território reconhecido recentemente pelo Kremlin como uma república independente.
Segundo a Rússia, o acordo prevê o resgate dos militares em Mariupol, o socorro médico em Donetsk e a interrupção temporal de “hostilidades” na área.
O Ministério de Defesa da Rússia disse que o regime de cessar-fogo foi estabelecido e que foi aberto um corredor humanitário para a passagem dos militares ucranianos feridos. Os civis de Azovstal, como mulheres, crianças e idosos, haviam sido evacuados até 7 de maio.
O governo russo condena o Ocidente pelo envio de armas à Ucrânia. O representante do Kremlin na Organização das Nações Unidas, Dmitri Polianski, classificou a conduta como “tática criminal” que coloca “mais lenha na fogueira” e disse que a causa do governo de Vladimir Putin é “justa”.
Com informações da AFP, Reuters, CNN e RT
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