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Milhares vão às ruas na Argentina para defender o aborto legal e alertar sobre o ‘risco Milei’

A interrupção voluntária da gestação até a 14ª semana foi legalizada no país em 2021

Protesto em defesa do direito ao aborto em Buenos Aires, na Argentina, em 28 de setembro. Foto: Emiliano Lasalvia/AFP
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Milhares de argentinos foram às ruas nesta quinta-feira 28, em Buenos Aires, em defesa do aborto legal. No ato, os manifestantes reforçaram que uma eventual vitória do ultradireitista Javier Milei na eleição presidencial de outubro colocará em xeque esse direito.

Representantes de movimentos feministas e líderes sindicais encabeçaram a mobilização. “Nós nos unimos para defender os direitos das mulheres, porque tememos que eles sejam derrubados após as eleições”, disse à agência AFP a psicóloga Martha Gazzano, de 47 anos, acompanhada da filha, de 15.

Segundo Gazzano, “Milei propõe muitas coisas que vão contra o direito ao aborto e contra a educação sobre a violência de gênero”.

A interrupção voluntária da gestação até a 14ª semana foi legalizada na Argentina em 2021. “Foi uma luta de muitas pessoas, de muitos anos. Foi uma festa quando foi aprovada, e agora corre perigo”, lembrou a psicóloga.

Milei, que lidera as pesquisas de intenção de voto, sugeriu revogar essa lei e extinguir o Ministério da Mulher.

A passeata partiu da Praça de Maio, no centro da capital argentina, e chegou até o Congresso. Manifestações em defesa do direito ao aborto também aconteceram nesta quinta em outros países latino-americanos, a exemplo de Colômbia, Chile, Equador, Venezuela e El Salvador.

O ato é anual e faz referência ao Dia Latinoamericano e Caribenho de Luta pela Legalização do Aborto, criado em 1990, durante o 5° Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho, na Argentina.

(Com informações da AFP)

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