Mundo

Ministro da Defesa de Israel diz que Hamas ‘perdeu controle’ de Gaza

Atualmente, o grosso dos combates se concentra na Cidade de Gaza, onde ainda há dezenas de milhares de civis

Registro de ataques aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza, em 13 de novembro de 2023. Foto: Fadel Senna/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta segunda-feira 13 que o Hamas “perdeu o controle” da Faixa de Gaza, o território palestino governado pelo movimento islamista há 16 anos e alvo de uma operação israelense.

“O Hamas perdeu o controle de Gaza. Os terroristas estão fugindo para o sul. Os civis estão saqueando as bases do Hamas”, declarou Gallant, sem fornecer provas.

Os civis “já não acreditam no governo” do Hamas, acrescentou o ministro, em um vídeo exibido pelas principais redes de televisão israelenses.

Israel bombardeia incessantemente a Faixa de Gaza desde o ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro.

Além disso, desde o final de outubro suas tropas avançam por terra pelo norte da Faixa. Atualmente, o grosso dos combates se concentra na Cidade de Gaza, onde ainda há dezenas de milhares de civis.

Segundo fontes militares israelenses citadas por vários meios de comunicação nesta segunda, o Hamas tinha cerca de 30.000 combatentes na Faixa de Gaza antes de 7 de outubro, distribuídos em cinco brigadas regionais, 24 batalhões e cerca de 140 companhias.

De acordo com as mesmas fontes, os batalhões do Hamas no norte da Faixa sofreram “golpes importantes” nas últimas semanas e muitos deles mal conseguem organizar seus ataques devido às numerosas baixas registradas.

As organizações humanitárias internacionais têm pedido reiteradamente um cessar-fogo no território palestino, afetado por cortes no abastecimento de água potável, energia e medicamentos. A ajuda humanitária chega a conta-gotas.

Os bombardeios israelenses mataram 11.240 pessoas na Faixa de Gaza, sobretudo civis, entre os quais 4.630 são crianças, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

Por sua vez, o ataque do movimento islamista causou cerca de 1.200 mortes do lado israelense, a maioria civis, segundo os últimos números oficiais das autoridades de Israel.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo