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Ministro israelense ameaça o Hezbollah com ‘guerra total’

As tensões aumentaram na fronteira após trocas de tiros entre o grupo e forças israelenses nas últimas semanas

Uma bandeira israelense tremula em um poste enquanto nuvens de fumaça sobem de um incêndio em um campo depois que foguetes lançados do sul do Líbano caíram perto de Katzrin, nas Colinas de Golã anexadas por Israel, em 13 de junho de 2024, em meio a confrontos transfronteiriços entre as tropas israelenses e o Hezbollah. Foto: Jalaa MAREY / AFP
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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse, nesta terça-feira 18, que o movimento Hezbollah seria destruído no caso de uma “guerra total”, à medida que as tensões aumentam na fronteira comum com o Líbano após trocas de tiros entre o grupo e forças israelenses nas últimas semanas.

“Estamos muito próximos do momento em que decidiremos mudar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Em uma guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano será duramente atingido”, disse Katz, de acordo com um comunicado do seu gabinete e na rede X.

De acordo com o ministro israelense, o chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, “se vangloria hoje [terça-feira] de ter fotografado os portos de Haifa, operados por grandes empresas internacionais chinesas e indianas, e de ameaçar danificá-los”.

Um pouco antes e coincidindo com uma visita de Amos Hochstein, enviado especial do presidente americano Joe Biden, a Beirute para tentar diminuir a tensão na fronteira entre Israel e Líbano, o Hezbollah havia publicado imagens que, segundo o movimento, foram feitas com um drone sobre Haifa, uma cidade portuária do norte de Israel.

No vídeo, que a AFP não conseguiu verificar de forma independente até o momento, o Hezbollah identifica alguns locais como infraestrutura militares e energéticas, e outros, como instalações civis.

Hochstein se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém na segunda-feira e depois viajou para o Líbano.

“O conflito entre Israel e o Hezbollah já durou muito tempo”, disse Hochstein em Beirute, onde se reuniu com o presidente do parlamento, Nabih Berri.

A situação é “grave”, disse Hochstein, acrescentando que Washington quer evitar “uma guerra em grande escala”.

A fronteira entre Israel e o Líbano tem sido palco de trocas de tiros quase diárias desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas em Gaza, em 7 de outubro.

O Hezbollah, aliado do Hamas, afirma ter lançado mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 8 de outubro. O movimento xiita, aliado do Irã, intensificou seus ataques a instalações militares no norte de Israel na semana passada, após a morte de um alto comandante em um bombardeio israelense.

Pelo menos 473 pessoas foram mortas no Líbano após mais de oito meses de ataques transfronteiriços, a maioria combatentes, mas também 92 civis, de acordo com estimativas da AFP.

Do lado israelense, pelo menos 15 soldados e 11 civis foram mortos, segundo as autoridades.

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