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Nos EUA, festas são organizadas para contrair coronavírus e se imunizar

As “festas da COVID-19” estão preocupando as autoridades americanas

Protesto pelo fim do isolamento social nos EUA. Foto: AFP
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As autoridades do estado americano de Washington alertaram, nesta quarta-feira 06, sobre supostas “festas da COVID-19”, nas quais os participantes intencionalmente contraem o vírus para se tornarem imunes.

“Reunir-se em grupos no meio dessa pandemia pode ser incrivelmente perigoso e coloca as pessoas em risco aumentado de hospitalização e até morte”, disse John Wiesman, secretário de saúde do estado.

“Ainda não se sabe se as pessoas que se recuperam da COVID-19 permanecem imunes a longo prazo”, acrescentou. “Ainda não sabemos muito sobre esse vírus, incluindo quaisquer problemas de saúde a longo prazo que a infecção possa deixar para trás”.

Os comentários de Wiesman vieram depois que autoridades do condado de Walla Walla, 420 km a sudeste de Seattle, relataram que alguns dos quase 100 casos na região parecem ter sido infectados nestas festas, que visa reunir pessoas com o vírus e outras não infectadas que querem ser contaminadas para ficar doente logo.

“Esse tipo de comportamento desnecessário pode criar um aumento evitável nos casos e diminuir ainda mais a capacidade do nosso estado de reabrir gradualmente”, disse Wiesman.

Na quarta-feira, 94 casos de coronavírus foram notificados no condado de Walla Walla com uma morte. “Não sabemos quando isso está sendo realizado, descobrimos depois que tivemos casos”, disse Meghan DeBolt, diretora de Saúde do condado, a um jornal local.

“Perguntamos sobre os contatos e 25 pessoas nos disseram que estavam em uma festa da COVID”.

Ela chamou esse comportamento de irresponsável e pediu aos moradores a seguir medidas de distanciamento físico e social apropriadas para impedir a transmissão. “Precisamos usar o bom senso e ser espertos ao enfrentarmos essa pandemia”, afirmou em comunicado. “As festas da COVID-19 não fazem parte da solução”, concluiu

Até agora, apenas uma dessas reuniões foi relatada nos Estados Unidos, em março no Kentucky, que deixou uma pessoa infectada. Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 1,2 milhão de casos e 73.095 mortes.

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