Mundo

Nova York vai pagar mais de US$13 milhões a presos em manifestações contra morte de George Floyd

Acordo evitará processo que investiga violência policial contra protestos

Protesto contra a morte de George Floyd, em 2020. Foto: Johannes Eisele/AFP
Apoie Siga-nos no

A cidade de Nova York vai pagar 13,7 milhões de dólares às pessoas presas durante as manifestações contra a morte de George Floyd, em 2020. Esse deverá ser o maior acordo coletivo já pago a manifestantes na história dos Estados Unidos. O acordo, que ainda está pendente de aprovação pelo Judiciário, foi confirmado pelos advogados dos manifestantes. No total, 1.380 manifestantes alegam que as autoridades policiais usaram táticas ilegais nos protestos.

Segundo um boletim eletrônico divulgado pelas autoridades da cidade norte-americana, o acordo envolve o pagamento médio de 9.950 dólares por pessoa. Elas foram “presas e/ou submetidas à força pelos oficiais” da polícia em dezoito locais específicos em Manhattan e no Brooklyn.

George Floyd foi assassinado em Minneapolis no dia 25 de maio de 2020 pelo policial Derek Chauvin. Durante uma abordagem policial, o agente se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd por quase nove minutos. Vídeos da ação mostraram Floyd gritando “eu não consigo respirar”, antes de ser morto. O caso teve grande repercussão mundial.

Os advogados dos manifestantes, ligados ao grupo National Lawyers Guild, disseram que a medida é positiva, mas ressaltaram a violência policial na cidade.

“Embora compensar financeiramente um grande número de manifestantes seja uma imensa vitória a ser comemorada, os contribuintes da cidade precisarão continuar desembolsando milhões enquanto a prefeitura não parar de se curvar aos piores caprichos violentos do NYPD [Departamento de Polícia de Nova York]”, disse Remy Green, que integra a defesa das pessoas envolvidas nos protestos.

O departamento de polícia de NY, por sua vez, disse, em comunicado, que melhorou as suas práticas. “A cidade e o NYPD continuam comprometidos em garantir que o público esteja seguro e o direito das pessoas à expressão pacífica seja protegido”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo