Nesta terça-feira 26 pela manhã os novos senadores americanos prestaram juramento como jurados no julgamento de Donald Trump. Esta é a primeira vez na história dos Estados Unidos que um presidente enfrenta esse processo de impeachment duas vezes.
Os promotores democratas da Câmara dos Deputados transmitiram, na noite de segunda-feira 25, a acusação ao Senado, dando início formal ao julgamento.
Trata-se de um ritual bastante solene que ocorreu apenas quatro vezes na história americana: os representantes eleitos da Câmara, que serão os promotores durante o julgamento, cruzaram o Capitólio até o Senado.
Ele percorreram os corredores, que há menos de três semanas, estavam lotados de partidários de Donald Trump, até o hemiciclo da Câmara Alta. Foi lá que a acusação foi lida por Jamie Raskin, o deputado que vai comandar a equipe de nove promotores democratas.
Acusação contra Trump
Donald Trump é acusado de instigar uma insurreição. Seu discurso, feito pouco antes da invasão do Capitólio, é citado na acusação, mas também no telefonema que ele fez para o Secretário de Estado da Geórgia pedindo-lhe votos a seu favor. E isso enquanto o resultado já havia sido certificado neste estado, onde Joe Biden venceu a eleição presidencial de novembro.
O julgamento em si só começará em 9 de fevereiro. Esse prazo foi negociado para permitir que Donald Trump prepare sua defesa. Mas também convém aos democratas: vários membros do gabinete de Joe Biden ainda não foram confirmados pelo Senado.
O julgamento será realizado sob estreita vigilância. Vários funcionários eleitos receberam ameaças de morte, e o FBI alerta que protestos de partidários de Donald Trump ainda serão possíveis nas próximas semanas. Milhares de membros da Guarda Nacional permanecerão em Washington até meados de março.
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