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O vendaval Schlein

Uma mulher de 37 anos assume a liderança do Partido Democrático, herdeiro do PCI, busca a maioria parlamentar e ameaça o governo de extrema-direita de Giorgia Meloni

Os estudantes da Universidade de Florença promovem uma manifestação antifascista e apoiam a nova líder – Imagem: Alberto Pizzoli/AFP e Redes sociais
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Escreveu dias atrás o New York Times que uma mulher surgiu na política italiana para enfrentar o ­atual governo de extrema-direita da premier Meloni. O pleito interno do Partido Democrático, herdeiro do PCI, contou com a participação de mais de 1 milhão de militantes e consagrou como secretária-geral Elly Schlein. Ela já havia atuado politicamente por integrar o governo de Stefano Bonaccini, presidente da Região Emilia-Romagna.

Afirma o correspondente romano do jornal nova-iorquino: “É difícil encarnar a mudança na Itália esquecendo a senhora Schlein. Ela abalou um país que parecia destinado somente aos velhos. Um de seus avós era judeu ucraniano e migrou aos Estados Unidos, onde viveu na cidade de Elizabeth, no estado de New Jersey. O outro avô, italiano, tornou-se parlamentar socialista, recusou-se a envergar a camisa preta dos fascistas e foi um defensor de judeus nos processos movidos contra eles na Itália, quando Mussolini editou leis raciais na esteira de Hitler. Esta história familiar tornou Elly muito sensível ao que o nacionalismo provocou no continente europeu”.

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