Mundo
ONU: Zelensky acusa Rússia de genocídio e diz que Putin não poderia ter armas nucleares
‘Terroristas não têm direito de ter armas nucleares’, afirmou o presidente ucraniano na Assembleia Geral, em Nova York
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/09/000_33VP3YP.jpg)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de promover um genocídio devido à deportação de crianças ucranianas. A declaração foi concedida durante pronunciamento na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira 19.
Zelensky disse ter provas de “centenas de milhares de pessoas raptadas pela Rússia” em territórios ocupados na Ucrânia.
“O Tribunal Penal Internacional emitiu uma ordem de prisão para Vladimir Putin por causa desses crimes. Tentamos trazer as crianças de volta, mas o tempo está passando. O que acontecerá com elas? Essas crianças aprendem a odiar a Ucrânia. Isso é um genocídio”, disse. “Quando usam ódio contra uma nação, sempre tem continuação.”
Segundo Zelensky, a Rússia também tenta usar uma escassez de alimentos no mercado global como um instrumento geopolítico, em troca do reconhecimento de territórios anexados na Ucrânia. “Os portos ucranianos foram bloqueados e são alvo de mísseis e drones. É uma tentativa da Rússia de usar a falta de comida no mercado global como arma”, acrescentou.
O ucraniano reclamou do fato de a Rússia, comandada pelo presidente Vladimir Putin, ainda ter armas nucleares. “A Ucrânia se desfez do arsenal durante os anos 1990. “A Ucrânia abriu mão de seu arsenal nuclear, e o mundo decidiu que a Rússia deveria manter o seu. Terroristas não têm direito de ter armas nucleares”, afirmou.
Segundo ele, os russos também usam a energia como arma: “O mundo testemunhou a Rússia usar óleo e gás para enfraquecer líderes de outros países. E agora essa ameaça é ainda maior. A Rússia está usando energia nuclear como arma, está tornando bombas as usinas de energia de outros países. Veja o que eles fizeram com a nossa usina de Zapozhizhia”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/09/53198460012_36cdc93c30_k-300x168.jpg)
Discurso de Lula na ONU foi severo, bem articulado e sem monotonia, diz Rubens Ricupero
Por Leonardo Miazzo![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/09/000_33VN4RT-300x200.jpg)
Na ONU e no G20, Lula não poupa críticas ao ‘neoliberalismo falido’
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/09/WhatsApp-Image-2023-09-19-at-11.53.40-300x200.jpeg)
Aplaudido, discurso de Lula na ONU critica países ricos e defende descentralização de poderes
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/09/Captura-de-Tela-2023-09-19-às-17.01.37-300x195.png)