Otan designa Mark Rutte como seu novo secretário-geral

Ele deve assumir o cargo no dia 1º de outubro

O próximo secretrário-geral da OTAN, Mark Rutte. Foto: Robin Utrecht/AFP

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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou, nesta quarta-feira (26), a designação do primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, como seu novo secretário-geral, em um momento crítico pela guerra da Ucrânia e o possível retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Rutte, 57 anos, assumirá o cargo em 1º de outubro para suceder o norueguês Jens Stoltenberg em um cenário especialmente delicado.

“O Conselho do Atlântico Norte decidiu designar o primeiro-ministro Mark Rutte como novo secretário-geral da Otan”, anunciou a aliança militar depois que os embaixadores dos países membros aprovaram a nomeação.

De maneira imediata, Stoltenberg celebrou a designação de Rutte com uma mensagem de felicitações na rede social X.

“Rutte é um líder forte e um construtor de consensos. Desejo a ele todo o sucesso. Sei que deixo a Otan em boas mãos”, afirmou.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que a liderança e a experiência de Rutte “serão cruciais para a Aliança durante estes tempos difíceis”.


“Espero trabalhar com você para fortalecer ainda mais a associação UE-Otan”, acrescentou.

Rutte recebeu desde o início de sua campanha o apoio de membros importantes da Otan, como Estados Unidos e Reino Unido.

A disputa foi definida a seu favor na semana passada, depois que o único candidato rival que permanecia na corrida, o presidente romeno Klaus Iohannis, desistiu e declarou apoio a Rutte.

Além disso, o atual chefe de Governo dos Países Baixos conseguiu o apoio de dois países que eram abertamente hostis à sua designação, Hungria e Turquia.

O experiente político, cujo mandato de 14 anos nos Países Baixos terminará dentro de algumas semanas, é visto como um líder capaz de administrar a aliança em tempos de desafios consideráveis.

Ao mesmo tempo que enfrenta o espectro de um possível retorno do ex-presidente americano Donald Trump à Casa Branca após as eleições de novembro, Rutte também terá que lidar com a ameaça do presidente russo Vladimir Putin no flanco leste.

O Kremlin afirmou que a nomeação de Rutte não mudará nada.

“É pouco provável que esta decisão mude alguma coisa na linha geral da Otan, uma aliança que é hostil em relação à Rússia”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, elogiou Rutte, que chamou de “dirigente forte e que respeita os princípios”.

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