O apoio à posição pró-Zona do Euro de Merkel do presidente da União Social Cristã (CSU), influente defensor de uma abordagem linha-dura, é crucial para as relações entre os dois países. Foto: David Gannon / AFP
A Alemanha mostrou-se surda às súplicas do primeiro-ministro Antonis Samaras e às suas advertências sobre o risco de um “efeito dominó” caso a Grécia seja forçada a sair do euro.
Pela voz do ministro da Fazenda, dos chefes dos partidos da coalizão governista e da própria Angela Merkel, recusa-se a estender o prazo para Atenas cumprir metas de corte de gastos ou permitir que o BCE ajude a Espanha sem um pedido explícito de socorro e contrapartidas draconianas.
O presidente francês, François Hollande, embora defenda a ajuda à Espanha, parece não ser capaz de dobrar a resistência germânica.
As expectativas de uma destinação racional para os problemas europeus continuam a se frustrar, abrindo mais caminhos para oportunistas e extremistas políticos.
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