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Paciência zero

Os chineses expressam nas ruas a insatisfação com as medidas draconianas de combate à Covid

Os chineses estão cansados e querem ser ouvidos - Imagem: Noel Celis/AFP
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Victoria Li** passou por vários confinamentos desde o surgimento da Covid na China, há quase três anos. Como uma prisioneira em sua própria casa em Pequim, ela se sentiu deprimida, impotente e enraivecida. “Presa em casa com a porta lacrada, eu me sentia desmotivada para fazer qualquer coisa”, afirma a advogada de 20 anos. “Não queria trabalhar, não queria estudar. Às vezes eu me arrastava para a cama e chorava.”

Mesmo quando não estava presa, as restrições draconianas perturbavam a vida normal. Depois de um colega testar positivo, Li foi considerada um contato próximo, perdeu seu código de saúde verde durante um mês e, por consequência, ficou proibida de entrar em locais públicos. “Não consegui entrar nos mercados nem nas lojas. Não pude ir ao escritório”, lamenta. “Isso também afetou o meu trabalho. Os negócios iam mal e meu chefe ficou irritado.” Ansiosa por uma vida normal, Li recentemente inscreveu-se para emigrar para o Canadá.

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