Palestinos apresentam contraproposta ao plano de Trump para Oriente Médio

Primeiro-ministro pede pela 'criação de um estado palestino soberano, independente e desmilitarizado'

(Flickr Sinn Féin)

Apoie Siga-nos no

Os palestinos apresentaram uma “contraproposta” ao plano americano para o Oriente Médio, que prevê, por exemplo, a anexação de setores da Cisjordânia ocupada por parte de Israel – anunciou o primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh, nesta terça-feira 09.

“Há alguns dias, apresentamos uma contraproposta ao Quarteto (União Europeia, ONU, Rússia e Estados Unidos)”, declarou Shtayyeh, acrescentando que esse texto de “quatro páginas e meia” propõe a criação de um “Estado palestino soberano, independente e desmilitarizado”, assim como “modificações ao traçado de fronteiras, quando necessário”. Shtayyeh afirmou que a transferência de territórios proposta será feita “de igual para igual” em termos e “tamanho e valor”.

Anunciado no final de janeiro em Washington, o plano dos EUA prevê a anexação por Israel de colônias e do vale do Jordão na Cisjordânia, ocupada desde 1967 pelo Estado hebreu. Também prevê a criação de um Estado palestino em um território reduzido e em Jerusalém Oriental como capital, ao contrário do que os palestinos querem.


Nos últimos dias, os protestos contra o projeto de anexação se multiplicaram na Cisjordânia e em Israel, embora até agora nenhuma grande multidão tenha se mobilizado do lado palestino.

Atualmente, mais de 450.000 israelenses vivem em colônias consideradas ilegais pelo direito internacional na Cisjordânia, habitada por 2,7 milhões de palestinos.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.