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Paquistão convoca conselho de segurança após hostilidades com Irã

Os países, que dividem uma fronteira de quase mil quilômetros, enfrentam há décadas insurreições na zona de fronteira do Baluchistão

Registro no distrito de Bajaur, no Paquistão, após a explosão de uma bomba durante um comício político. Foto: AFP/Serviço de Resgate de Emergência do Paquistão
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O primeiro-ministro do Paquistão dirigirá nesta sexta-feira 19 um conselho de segurança do qual participarão o chefe do Exército e o diretor de Inteligência militar, uma reunião de emergência convocada após bombardeios entre Islamabad e Teerã esta semana.

O chefe do governo interino do Paquistão, Anwar ul Haq Kakar, “convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, que ocorrerá hoje (sexta-feira)”, indicou à AFP um porta-voz de seu gabinete.

O Paquistão, o único país muçulmano que possui armas nucleares, bombardeou na quinta-feira o que chamou de “esconderijos terroristas” no Irã, dois dias depois de a República Islâmica lançar um ataque em seu território.

Os bombardeios deixaram 11 mortos no local, principalmente mulheres e crianças, segundo as autoridades dos dois países.

Irã e Paquistão, que dividem uma fronteira de quase mil quilômetros, enfrentam há décadas insurreições na zona de fronteira do Baluchistão.

As duas partes se acusam mutuamente de permitir que grupos rebeldes, alguns separatistas, operem do outros lado da fronteira.

Irã e Paquistão mantêm relações cordiais e nunca haviam trocado ataques desta envergadura. Estas hostilidades levantaram temores em um momento em que o Oriente Médio está no centro das atenções pela guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas em Gaza.

Estados Unidos e a ONU pediram aos dois países que reduzam a tensão e a China se ofereceu como mediador.

Após os bombardeios lançados pelo Irã, Kakar interrompeu sua participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, e retornou a seu país.

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