Partido de Merkel sofre novo revés em eleição

CDU obtém apenas 18% dos votos na cidade-Estado de Berlim e deve deixar o governo local. Sociais-democratas conquistam 23%

Apoie Siga-nos no

O Partido Social-Democrata (SPD) venceu a eleição na cidade-Estado de Berlim com 23% dos votos, segundo resultados preliminares divulgados pelas emissoras de televisão da Alemanha no início da noite deste domingo (18/09).

Já a União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler federal Angela Merkel, obteve o seu pior resultado na capital, com apenas 18% dos votos. A CDU repete, assim, o mau desempenho da eleição em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, quando também amargou o seu pior desempenho num estado alemão.

Tanto SPD como CDU registraram quedas de 5,2 pontos percentuais em relação à eleição berlinense anterior, de 2011, segundo os resultados preliminares.

Os prognósticos indicam ainda que o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) alcançou entre 11,5% e 12,5% dos votos e entrará pela primeira vez no parlamento da cidade-Estado. A AfD já está, assim, em dez dos 16 parlamentos estaduais alemães.

O Partido Verde deve ficar com 16,5% dos votos, e A Esquerda deve conquistar de 15,5% a 16,5%. O Partido Pirata não conseguiu os 5% necessários e deixará o parlamento. Já os liberais do FDP devem retornar, com 6,5% dos votos.

Com esses resultados, o SPD será obrigado a formar uma nova coalizão, já que a união atual, com a CDU, não basta mais para obter a maioria no parlamento. O mais provável é uma aliança dos sociais-democratas com os verdes e A Esquerda.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.