Mundo
Peruanos vão às ruas da capital contra resultado do 1º turno
Os presentes convocaram voto nulo ou em branco para o segundo turno de 6 de junho, que será disputado por Keiko Fujimori e Pedro Castillo
Dezenas de pessoas se manifestaram em Lima, no sábado 17, contra o resultado da eleição presidencial do último domingo 11 no Peru, que levou a um segundo turno entre a direitista Keiko Fujimori e o candidato de esquerda Pedro Castillo, em junho.
Denunciando uma suposta fraude eleitoral, ou o fato de não se sentirem representados pelos candidatos, cerca de 100 pessoas marcharam na tarde de ontem rumo à sede do Júri Nacional de Eleições, após concentração na Praça San Martín.
“Não à fraude eleitoral. Nem Castillo nem Keiko”, diziam alguns cartazes.
Os presentes, jovens em sua maioria, convocaram voto nulo ou em branco para o segundo turno de 6 de junho.
Na quinta-feira, a presidente do Conselho de Ministros, Violeta Bermúdez, garantiu que as eleições foram limpas, justas e transparentes.
A mobilização aconteceu em Lima, apesar das restrições sanitárias impostas pela pandemia, as quais proíbem reuniões e aglomerações.
O professor rural e a filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori (1990-2000) tiveram 19,09% e 13,36% dos votos, respectivamente, em um primeiro turno repleto de candidatos.
O vencedor assume em 28 de julho, data em que se comemora o bicentenário da independência do Peru.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.