Poeta americana Louise Glück leva o Nobel de Literatura

Escritora iniciou sua carreira nos anos 1960

Poeta americana Louise Gluck vence o Prêmio Nobel de Literatura. Foto: AFP.

Apoie Siga-nos no

A poeta americana Louise Glück, de 77 anos, é a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2020 – anunciou a Academia Sueca nesta quinta-feira 8, reconhecendo uma carreira iniciada nos anos 1960.

Glück foi premiada por sua “inconfundível voz poética, que, com uma beleza austera, torna a existência individual universal”, afirmou a instituição.

A infância e a vida em família, a relação estreita entre os pais e os irmãos e irmãs são alguns dos temas abordados em sua obra.

“Averno” (2006) é a sua coleção magistral de poemas, uma interpretação visionária do mito da descida ao inferno de Perséfone, raptada por Hades, deus da morte. Outro trabalho marcante é sua mais recente compilação, “Faithful and Virtuous Night” (Noite Fiel e Virtuosa), de 2014.

Dois anos depois do prêmio para a polonesa Olga Tokarczuk, Louise Glück é a 16ª mulher premiada com o Nobel de Literatura, em um ano de forte presença feminina.


Com três premiadas nas categorias científicas do Nobel, esta temporada pode bater o recorde de mulheres laureadas (cinco em 2009). Dois prêmios ainda serão anunciados: o da Paz, na sexta-feira (9), e o de Economia, na segunda (12).

Após uma série de escândalos e de polêmicas que abalaram o prêmio literário mais famoso do mundo nos últimos anos, a escolha de 2020 da Academia Sueca era especialmente imprevisível, segundo os críticos.

O prêmio de 2019 foi concedido ao escritor austríaco Peter Handke, mas suas opiniões favoráveis ao falecido líder sérvio Slobodan Milosevic provocaram grande polêmica.

Há três anos, um escândalo sexual abalou a Academia Sueca, o que provocou o adiamento do anúncio do prêmio de 2018 para 2019.

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.