Mundo

Presidente da Colômbia denuncia na ONU o fracasso da ‘guerra às drogas’

‘Ocorreu um genocídio em meu continente e em meu país, milhões de pessoas foram condenadas à prisão’, criticou Gustavo Petro

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na ONU. Foto: TIMOTHY A. CLARY/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou em seu primeiro discurso na ONU o fracasso da guerra contra as drogas e seu rastro de sangue na América.

“O consumo mortal tem aumentado, de drogas leves até as pesadas. Ocorreu um genocídio em meu continente e em meu país, milhões de pessoas foram condenadas à prisão”, destacou o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, principal país produtor mundial de cocaína.

Em um discurso direcionado aos países consumidores, Petro pediu para “acabar com a irracional guerra contra as drogas”.

O presidente enfatizou que a estratégia que vem sendo usada há quatro décadas para acabar com o negócio lucrativo deixa centenas de milhares de mortos na América do Norte e presídios superlotados no restante do continente.

“Se não corrigirmos o rumo e esta (guerra) se prolongar por outros 40 anos, os Estado Unidos verão 2,8 milhões de jovens morrerem de overdose” e “mais 1 milhão de latino-americanos serão mortos”, disse Petro.

Desde sua posse, em 7 de agosto, ele insiste em focar na prevenção do consumo em vez da perseguição aos cultivadores de folha de coca.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo