Presidente do México classifica eleição de Milei na Argentina como ‘gol contra’

López Obrador disse respeitar a decisão da Argentina, apesar de enfatizar que 'é algo que consideramos que não vai ajudá-los'

Obrador assume a presidência em dezembro e será a primeira vez que a esquerda governará o México

Apoie Siga-nos no

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, descreveu nesta terça-feira (21) como “gol contra” a eleição do ultraliberal Javier Milei como presidente da Argentina.

“Para resumir, com todo o respeito, foi um gol contra, e eu não concordo, embora respeite a decisão do povo com os governos de direita”, disse o presidente durante sua habitual coletiva de imprensa matinal, sem mencionar o nome de Milei.

López Obrador disse respeitar a decisão da Argentina, apesar de enfatizar que “é algo que consideramos que não vai ajudá-los”.

Esta é a primeira reação pessoal de López Obrador à eleição de Milei, já que na segunda-feira não teve sua habitual coletiva de imprensa matinal, porque era feriado no México.

No domingo, após as eleições na Argentina, a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, enviou uma mensagem na rede social X. Nela, felicitou o país pela eleição e disse que a Chancelaria está “pronta para trabalhar com o novo governo argentino”, mas também não mencionou o candidato vencedor.

O presidente mexicano disse ainda que, no México, não há “risco” de que um político como Milei chegue ao poder.


“Não há nada a temer. O povo do México está muito consciente (…) e sabe muito bem que os governos de direita só favorecem as minorias”, observou.

As críticas de López Obrador contrastam com o bom relacionamento que mantém com o atual presidente argentino, Alberto Fernández, e com outros líderes da região, como o presidente Lula e o presidente colombiano, Gustavo Petro.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.