Mundo

Putin afirma que ofensiva ‘séria’ na Ucrânia ainda não começou

Na entrevista, o russo disse que seu país ainda está aberto para negociar com a Ucrânia

Foto: Mikhail KLIMENTYEV / SPUTNIK / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente russo Vladimir Putin alertou nesta quinta-feira (7) que a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia ainda não começou “a sério” e desafiou as potências ocidentais que apoiam Kiev a tentar derrotar a Rússia “no campo de batalha”.

Em um de seus discursos mais fortes desde o envio de tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro, Putin também se manifestou contra o “liberalismo totalitário” que, segundo ele, os países ocidentais querem impor ao mundo.

“Todos devem saber que ainda não começamos seriamente” a operação militar, disse Putin em uma reunião televisionada com legisladores.

“Ao mesmo tempo, não nos recusamos a realizar negociações de paz, mas aqueles que se recusam devem saber que será mais difícil para eles chegarem a um acordo conosco” mais tarde, acrescentou.

“Atualmente ouvimos que [os ocidentais] querem nos derrotar em um campo de batalha”, disse ele, desafiadoramente. “O que dizer a eles? Deixe-os tentar!”, declarou, acusando “todo o Ocidente” de ter desencadeado uma “guerra” na Ucrânia.

Segundo Putin, a intervenção da Rússia naquele país marca o início de uma virada para um “mundo multipolar”.

“Esse processo não pode ser interrompido”, disse ele.

O presidente insistiu que a maioria dos países não quer seguir o modelo ocidental de “liberalismo totalitário” ou políticas “hipócritas de padrões duplos”.

“Na maioria dos países, as pessoas não querem essa vida ou esse futuro”, enfatizou. As pessoas “estão cansadas de se ajoelhar, humilhando-se para aqueles que se consideram excepcionais”, disse.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo