Mundo
Quem é Carlo Acutis, o primeiro ‘santo millennial’ da Igreja Católica
Cura de criança brasileira está entre os milagres atribuídos ao italiano que evangelizava pela internet
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/07/foto_088.jpg)
O papa Francisco confirmou a canonização de Carlo Acutis, um italiano que morreu em 2006, aos 15 anos. Com a decisão, ele se tornará o primeiro santo “millennial” da Igreja Católica. Acutis ganhou notoriedade ao evangelizar pela internet, espalhando as mensagens da igreja especialmente entre jogadores de video games.
O termo “millennial“, usado inclusive pela comunicação oficial do Vaticano para descrever Acutis, representa pessoas nascidas entre as décadas de 1980 e 1990 que cresceram muito envolvidas com a tecnologia.
A decisão da Igreja Católica acontece em decorrência do reconhecimento de dois milagres atribuídos a ele. Entre os casos está o de um menino brasileiro, morador de Campo Grande (MS), que teria sido curado de uma doença congênita após tocar uma roupa que continha vestígios de sangue de Acutis – que, na época, era um beato da igreja.
Nascido em Londres (Reino Unido) filho de pais italianos, Acutis passou toda a vida na Itália. Suas fotografias mais conhecidas mostram um jovem comum, sorridente e usando roupas simples, como calça jeans, camisetas coloridas e mochilas.
Embora os processos de canonização da Igreja Católica possam levar muitos anos – até mesmo décadas –, no caso dele o processo pode ser considerado acelerado, em um sinal de que a Igreja pode estar tentando se conectar com os mais jovens e o público das mídias digitais.
A formalização do processo de canonização pelo papa Francisco, anunciada na segunda-feira 1º, era a penúltima etapa da conversão do beato em santo. Agora, falta apenas a proclamação, que acontecerá em 2025, em data a ser confirmada.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.