A região separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, abriu uma “embaixada” em Moscou nesta terça-feira 12 e denunciou que a situação no terreno está se deteriorando.
A inauguração ocorreu em um bairro central da capital da Rússia, mas sem a presença de altos funcionários do país.
“Nestes últimos dias, a situação piorou drasticamente”, declarou Natalia Nikanorova, a “ministra das Relações Exteriores” da região separatista.
Diante das perguntas dos jornalistas sobre a intenção da região de se juntar à Rússia, Nikanorova respondeu: “Não temos pressa”.
“O principal objetivo é libertar a república”, assinalou, usando as palavras da Rússia quando se refere à conquista territorial da região.
“Depois, haverá um referendo e veremos qual é a vontade do povo”, continuou, ao acrescentar estar “disposta” a modificar o status da “embaixada”.
O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das províncias de Lugansk e Donetsk dias antes de determinar a ofensiva na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Ambas as províncias fazem parte da região do Donbass, parcialmente controlada pelos separatistas pró-Rússia desde 2014 e onde Moscou concentra, neste momento, sua ofensiva militar.
Nikanorova estava acompanhada pela “embaixadora” da região separatista de Donetsk, Olga Makeieva.
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