Mundo
Reino Unido sanciona maior banco da Rússia e seu fundo soberano
A decisão do governo do primeiro-ministro Boris Johnson foi anunciada depois que o Executivo declarou na segunda-feira que congelaria os ativos de todos os bancos russos
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/03/000_3247334.jpg)
O governo britânico anunciou nesta terça-feira que adicionou o maior banco da Rússia, o Sberbank, e o fundo soberano do país à lista de entidades russas alvos de sanções no Reino Unido, em resposta à invasão da Ucrânia e advertiu que as consequências serão cada vez mais graves para o Kremlin.
O fundo de investimento direto russo, RDIF, criado em 2011 por Moscou para promover o investimento estrangeiro na Rússia, é conhecido, entre outras coisas, por ter financiado o desenvolvimento da vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V.
É dirigido por Kirill Dmitriev, um colaborador próximo do presidente russo que também foi adicionado à lista de pessoas afetadas pelas sanções britânicas.
Os Estados Unidos já haviam anunciado sanções contra esse fundo na segunda-feira, descrito como um “símbolo de profunda corrupção na Rússia e seu tráfico de influências”.
O Sberbank, cuja parte do capital está listada em um índice da Bolsa de Londres dedicado a ações estrangeiras em dólares, despencou no mercado britânico nesta terça-feira, perdendo mais de 80% de seu valor após cair 74% no dia anterior.
O Banco Central Europeu disse na segunda-feira que a subsidiária europeia do Sberbank está “falida ou provavelmente falida” devido a “significativos” saques de depósitos.
A decisão do governo do primeiro-ministro Boris Johnson foi anunciada depois que o Executivo declarou na segunda-feira que congelaria os ativos de todos os bancos russos “nos próximos dias” e ter ordenado o fechamento dos portos britânicos aos navios do país.
Na semana passada Londres já havia colocado várias instituições financeiras na lista, que na segunda-feira teve adicionados o Banco Central russo e o ministério das Finanças.
O Sberbank “vai estudar as restrições impostas pelo Reino Unido após a publicação dos documentos”, afirmou o gigante público russo em um comunicado divulgado pela agências de notícias russas. “Estas medidas não terão uma influência significativa sobre os clientes russos, privados e corporativos”, acrescentou.
O vice-primeiro-ministro Dominic Raab disse que as sanções ocidentais, incluindo o congelamento dos ativos do BC da Rússia, farão com que os oligarcas aumentem a pressão sobre o presidente Vladimir Putin.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/02/000_323X9R8-300x197.jpg)
Rublo em queda é a estratégia do Ocidente para isolar Putin
Por Agência O Globo![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/03/000_323T9JD-300x200.jpg)
A invasão à Ucrânia projeta uma nova ordem mundial. Quais serão suas consequências?
Por Antonio Marcos Roseira![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/03/000_323Z4C3-1-300x200.jpg)