Mundo

Republicanos conquistam maioria no Senado americano

Oposição expande domínio no Congresso e ameaça forçar Obama a mudar curso de suas políticas nos últimos dois anos de mandato

Republicanos comemoram resultado das eleições americanas
Apoie Siga-nos no

Os republicanos conseguiram nas eleições legislativas desta quarta-feira (05/11) as cadeiras necessárias para, após oito anos, retomar a maioria no Senado. A oposição já manteve o controle da Câmara dos Representantes, e sua vitória ameaça forçar o presidente Barack Obama a redirecionar suas principais políticas nos últimos dois anos de mandato.

Os americanos vão às urnas para renovar todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes, e 33 das 100 do Senado. Também foram escolhidos 38 governadores.

Carolina do Norte, Arkansas, Dakota do Sul, Montana, Virgínia Ocidental e Colorado foram os assentos que mudaram das mãos democratas para republicanas e que abriram a porta aos conservadores para o controle total do Congresso.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, reconheceu a vitória dos conservadores e parabenizou o senador republicano Mitch McConnell, que a partir de janeiro ocupará seu posto.

É a primeira vez desde 2006 que os republicanos controlam as duas câmaras do Congresso, o que anuncia um difícil final de mandato para Obama, que acompanhou as eleições e falou com candidatos de ambos os partidos.

A vitória é a mais dramática mudança política desde que Obama chegou à Casa Branca, em 2009, e deve levar o presidente a fazer mais concessões aos seus adversários do que gostaria.

A Casa Branca tentou minimizar a perspectiva ruim, ao dizer que Obama vai buscar um campo comum com o Congresso em temas menos polêmicos, como o comércio. Já em outros, como imigração, ele deve seguir governando por decreto.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo