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Rússia enviou 10.000 cidadãos naturalizados para combater na Ucrânia

A Rússia facilitou, nos últimos anos, o acesso à cidadania, o que também exige que sejam registrados ante as autoridades militares

O presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ao fundo, soldados do Exército russo. Foto: Sergei GUNEYEV / POOL / AFP
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A Rússia enviou cerca de 10 mil cidadãos naturalizados para lutar na Ucrânia, informou nesta quinta-feira o Comitê de Investigação Russo, afirmando que alguns preferiram deixar o país para não terem de se alistar.

O diretor do Comitê, Alexander Bastrikin, explicou que a Rússia está tomando medidas contra os imigrantes que obtiveram a cidadania russa, mas não fizeram o alistamento militar.

“Encontramos mais de 30 mil que obtiveram a cidadania mas não quiseram se inscrever no serviço militar e os incluímos na alistamento”, disse, referindo-se a uma base de dados de homens elegíveis para serem convocados.

A Rússia pressiona os migrantes da Ásia Central a unirem-se às suas Forças Armadas como parte de um esforço intensivo de recrutamento para aumentar o número de tropas para a sua ofensiva militar na Ucrânia.

“Cerca de 10 mil já foram enviados para a zona de operações militares especiais”, disse Bastrikin, usando o apelido oficial da Rússia para a campanha na Ucrânia.

Milhões de trabalhadores migrantes, principalmente da Ásia Central, vivem na Rússia, em muitos casos trabalhando em empregos mal remunerados e vivendo em condições precárias para enviarem seus salários para suas famílias.

Para resolver a escassez de mão-de-obra, a Rússia facilitou, nos últimos anos, o acesso à cidadania, o que também exige que sejam registrados ante as autoridades militares e, se forem convocados, sirvam ao Exército.

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