Rússia inicia ofensiva terrestre na região ucraniana de Kharkiv

Em 2022, uma parte significativa da região de Kkarkiv foi ocupada pela Rússia e depois liberada

Kharkiv também vem sendo atacada por drones russos. Na foto, de 4 de maio, bombeiros ucranianos tentam conter o fogo na região industrial após ataque russo. Foto: SERGEY BOBOK / AFP

Apoie Siga-nos no

A Rússia iniciou nesta sexta-feira (10) uma ofensiva terrestre na região de Kharkiv, nordeste da Ucrânia, e tentou “romper as linhas de defesa” de Kiev, anunciou o Ministério da Defesa ucraniano, que também informou a continuidade dos combates.

As forças de Moscou “avançaram um quilômetro em território ucraniano” e tentam prosseguir com a operação, informou uma fonte do comando militar ucraniano.

Moscou deseja criar uma “zona de segurança” na região para impedir que a Ucrânia bombardeie a área russa de Belgorod.

“Durante o último dia, o inimigo atacou a área de Vovchansk”, na fronteira com Belgorod, com bombas teleguiadas, afirmou o ministério.

“Às 5H00, o inimigo tentou romper as nossas linhas de defesa com a ajuda de veículos blindados”, acrescentou a mesma fonte, sem revelar a localização exata do ataque.

O ministério afirmou que os ataques foram “repelidos”, mas que prosseguem os “combates de intensidade variável” e que unidades de reserva foram mobilizadas para “reforçar a defesa” da região.


As autoridades ucranianas começaram a retirar os moradores de Vovchansk, onde vivem quase 3.000 pessoas, e das localidades fronteiriças na região de Kharkiv devido aos bombardeios em larga escala, informou Tamaz Gambarashvili, comandante da administração militar local.

Uma parte significativa da região de Kkarkiv foi ocupada pela Rússia e depois liberada em 2022.

A região fronteiriça e sua capital de mesmo nome, segunda maior cidade do país, foram bombardeadas com frequência nos últimos meses.

A Ucrânia temia há várias semanas uma possível nova ofensiva russa na região.

O Exército ucraniano enfrenta dificuldades na frente de batalha, fragilizado pela falta de soldados e pelo atraso na entrega da ajuda ocidental.

Ao mesmo tempo, as forças russas reivindicaram a conquista de territórios limitados, principalmente no leste, sem, no entanto, concretizar um avanço real.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.