Mundo
Rússia pode intensificar ataques a infraestruturas civis ucranianas, afirma EUA
Após o recuo das forças russas dos arredores de Kiev no fim de março, os principais combates se concentram no leste da Ucrânia, onde Moscou avançou de maneira lenta
A embaixada dos Estados Unidos na Ucrânia advertiu nesta terça-feira (23) que a Rússia pode atacar “nos próximos dias” infraestruturas civis e edifícios governamentais, e recomendou aos cidadãos do país que “saiam da Ucrânia”.
“O Departamento de Estado dispõe de informações segundo as quais a Rússia intensifica seus esforços para executar ataques contra infraestrutura civil e instalações governamentais na Ucrânia nos próximos dias”, afirmou a embaixada em uma mensagem publicada em seu site, sem revelar mais detalhes.
A nota pede aos cidadãos americanos que “saiam da Ucrânia no momento e utilizem os meios de transporte terrestre privados disponíveis”.
O conflito, iniciado em 24 de fevereiro com a invasão russa, completará seis meses na quarta-feira.
Após o recuo das forças russas dos arredores de Kiev no fim de março, os principais combates se concentram no leste da Ucrânia, onde Moscou avançou de maneira lenta até chegar a uma fase de estagnação, e no sul, onde as tropas ucranianas anunciaram uma lenta contraofensiva.
A Rússia, no entanto, continua atacando de maneira frequente as cidades ucranianas com mísseis de longo alcance, mas raramente apontam contra a capital ou seus arredores.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.