Secretária de Energia dos EUA descarta importação de petróleo venezuelano

Em março, uma delegação americana viajou a Caracas, depois que Biden proibiu as importações de petróleo russo devido à invasão russa à Ucrânia

A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm Foto: Nicholas Kamm / AFP

Apoie Siga-nos no

O governo de Joe Biden descartou nesta quinta-feira a importação de petróleo da Venezuela, dois dias após anunciar que irá relaxar sanções ligadas ao embargo ao petróleo bruto venezuelano, em vigor desde 2019.

“Os Estados Unidos não irão importar petróleo do Irã ou da Venezuela”, afirmou a secretária de Energia, Jennifer Granholm, em audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado. O senador republicano Rick Scott questionou Jennifer sobre os altos preços da gasolina, que geram um descontentamento crescente nos Estados Unidos, acusando o governo Biden de não permitir a exploração de petróleo em território nacional, mas buscar obter petróleo bruto do Irã ou da Venezuela.

“Por que alguém iria querer fazer negócios com Maduro, que cometeu genocídio contra seus próprios cidadãos e milhões de pessoas têm que deixar a Venezuela porque ele levou o país à fome?”, repreendeu Granholm.

Washington anunciou na última terça-feira um leve “alívio das sanções” a Caracas, visando a promover a retomada do diálogo entre Maduro e a oposição, lançado em agosto passado para superar a crise política e econômica na Venezuela.

Em março, uma delegação americana viajou a Caracas, depois que Biden proibiu as importações de petróleo russo devido à invasão russa à Ucrânia. Naquele momento, a Casa Branca também negou que planejasse retomar as compras de petróleo bruto venezuelano, vetadas por Washington depois que Maduro assumiu o segundo mandato após eleições questionadas.


Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.