Os senadores dos Estados Unidos revelaram nesta terça-feira (21) um projeto de lei em resposta à epidemia de violência armada que assola o país. Eles chegaram a um pacote de reformas limitado que, no entanto, é considerado o primeiro controle federal significativo às armas de fogo em uma geração.
O grupo bipartidário que vinha trabalhando há semanas na redação do projeto está confiante de que terá apoio suficiente tanto entre democratas quanto republicanos para chegar à mesa do presidente Joe Biden já na próxima semana.
“Esta legislação bipartidária de segurança de armas é um avanço e salvará vidas. Embora não seja tudo o que queremos, essa legislação é urgentemente necessária”, disse o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, em um comunicado.
Os legisladores trabalhavam contra o relógio, cientes de que um atraso colocaria em risco o senso de urgência impulsionado pelo tiroteio de Uvalde, Texas, com 19 crianças assassinadas, e o de Buffalo, Nova York, com 10 pessoas negras mortas em um supermercado, ambos em maio.
A última legislação federal americana relevante de controle de armas foi aprovada em 1994, proibindo a fabricação para uso civil de rifles de assalto e pentes de munição de grande capacidade.
Mas a norma expirou uma década depois e não houve nenhum real esforço de reforma desde então, apesar do crescimento da média diária de tiroteios em massa, que chega a 11 este ano, de acordo com o Gun Violence Archive.
O grupo bipartidário de senadores concordou, em 12 de junho, com uma estrutura que inclui maiores verificações de antecedentes para compradores com menos de 21 anos e o financiamento de programas de saúde mental e segurança escolar.
O plano também prevê fundos para incentivar os estados a implementar leis de “bandeira vermelha”, que visam retirar armas de fogo de pessoas consideradas uma ameaça.
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