Suprema Corte dos EUA rejeita ação contra obrigatoriedade de tomar vacina

Com a decisão, todos os profissionais de saúde do estado do Maine terão de se vacinar até 29 de outubro

Voluntária recebe dose da vacina da AstraZeneca/Oxford nos EUA (Foto: NELSON ALMEIDA/AFP)

Apoie Siga-nos no

Um juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou na terça-feira 19 a ação movida por profissionais da saúde do estado do Maine contra a obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19.

Com a decisão, todos os profissionais de saúde deste estado terão de se vacinar até 29 de outubro.

Vários funcionários da saúde e um fornecedor de serviços deste setor argumentam que este decreto obrigatório viola seu direito constitucional à liberdade de religião, alegando objeções de consciência à vacina.

A ação foi apresentada contra a governadora do Maine, Janet Mills, e outras autoridades, e pede à Justiça que bloqueie a medida, de forma preliminar, até que o caso seja resolvido.

Ontem, o juiz Stephen Breyer – que responde aos pedidos de emergência do Maine – negou a ação, que já havia sido rejeitada por uma corte distrital.

Na semana passada, o Tribunal Federal do Distrito do Maine determinou que a exigência de vacinação não viola o direito dos trabalhadores à liberdade de religião, prevista na Primeira Emenda da Constituição.


O Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Primeiro Circuito confirmou ontem mesmo a negativa da corte distrital.

Segundo o tribunal, esta medida não os impede de “se manterem fiéis às suas crenças religiosas professadas que, segundo eles, obrigam-nos a recusar a vacinação contra a Covid-19”.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.